terça-feira, 30 de outubro de 2007

PEDAÇO DE MIM... PARTE DE MINHA HISTÓRIA!


Num passado bem distante,
Em nossa querida terra,
De tão lindo e Belo Horizonte...
Lá, no velho bairro da Serra,
Na infância pura e inocente,
De um tempo suave e dourado...
Entre duas crianças vizinhas
Nascia uma grata amizade.

Ao som das doces modinhas
Do nosso genial Juca Chaves,
Embalávamos lindos sonhos.
Vivenciamos a mais rica música,
Na era dos belos e grandes festivais.
Os long-plays tocavam na radiola...
Dançávamos o Twist, o Rock e o Cha-cha-cha;
Cantamos, encantamo-nos e respiramos Beatles!

Ai, meu menino...
E as nossas brincadeiras?
Éramos imbatíveis no tênis de mesa!
As “queimadas”, os jogos de baralho, Banco Imobiliário...

Você, sempre mais tímido e calado;
Eu, menina sapeca e falante.
Do Colégio Assunção, já chegava contando piadas;
Gargalhando alto, mesmo antes de as terminar!
Às vezes, nem tanta graça tinham...
O meu amigo-irmão as ouvia atento
E, carinhosamente, esboçava o seu riso acanhado.

Os anos se foram passando,
E a gente junto crescendo.
Meu primeiro namorado...
O outro... E mais alguns.

Meu coração doía... Você quem ouvia!
Acolhia-me sempre com afeto e paciência;
Enxugando-me as lágrimas, fazendo-me tomar ciência,
De que aquela tristeza, não me valia...
E sim (!) a alegria do meu sorriso aberto,
Tão conhecido... E que ninguém confundia;
Pois, daquele quebradinho no dente,
Diziam ser o meu “charme” do futuro e no presente...

Poderíamos um dia imaginar,
Que dois jovens e companheiros
De tudo, de quantos e tantos encantos...
Depois de cada um em seu canto;
E dos cantos de cada um em desencantos,
Pudessem em seu desencontro,
Fazer deste, um novo e mágico encontro,
Na estrada do agora, do desejo, e do amar?

Da raiz forte de uma amizade,
Plantada em terra fértil e boa,
Floresceu um lindo jardim!
É de cravo, é de rosa... É todo jasmim!
É de cor, é de cheiro... O sabor, não é à toa...
Porque é amor, é prazer, é fogo e paixão.
É de rosa, é de cravo... É de manjericão.
É ciranda e música... É só felicidade!

(Silvânia Barros – 29/10/2007)

domingo, 14 de outubro de 2007

SÓ PRA VOCÊ...

Este videoclipe é do Poema "SÓ PRA VOCÊ", de minha autoria, com montagem de fotografias e a Música "Liebestraum", conhecida por "Sonho de Amor", do genial compositor erudito Franz Liszt.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

CONTRADIÇÕES...

Poesia em video, com montagem de fotos feita por mim, e fundo musical de César Camargo Mariano "Don Quixote".

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

EU E A LETRA S...

Sou Sal, sou Sil, sou Sol, sou Su
Suvana, Savinha, Sanvana se sente
Sem sal, sem sol, sem som, sem sustenido
Sinfonia sem sentido!
Só saudade, silêncio, solidão
Sinalizam sensível sofrimento.

MAS... S... S... S... S...

Savita, Suvana, Sabida
Suspira, se solta, supera
Sangue, seiva, selva
Sinceridade, sedução, substância
Suavemente salta...
Simplesmente sorri...

(Silvânia Sávia Barros – 30/07/2007).

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Meu Grande Amigo, Meu Amor Lindo, Minha Vida!

Ao meu grande amor dedico este clipe e o poemeto de minha autoria: "TE QUERO"...

O fundo musical é "QUE SAUDADE", do nosso inesquecível compositor brasileiro Juca Chaves.

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

POÇÃO CURATIVA MILAGROSA... (Crônica)


As doenças existem,
E elas contaminam
Tanto o nosso corpo,
Quanto a nossa alma.
Há as que são incuráveis;
Porém, muitas têm a garantida cura.
Seria possível uma imunização contra o sofrimento?
Parece-me que sim, pois conheço alguém que é imune.
Não que o queira julgar, mas as suas atitudes o denunciam.
Talvez, também, esta imunidade seja uma monstruosa máscara
Ou um escudo feito de aço bem duro, que o impede de exteriorizar este mal.
Aliás, não ter sentimentos de amor, nem expressá-los,
Ou se os temos num egoísmo desprezível,
Sem compartilharmos e respeitarmos o outro,
Analiso-os como sintomas explícitos de uma séria enfermidade.
Concordo com quem diz que a dor é inevitável.
Discordo da fala de que o sofrimento seja opcional.
(Que me perdoe o nosso grande Carlos Drummond de Andrade)
Em tese ou em filosofia esta posição é correta,
Desde que tudo o que fazemos em nossa vida são “escolhas”,
O tão aclamado e denominado “livre arbítrio”!
Gostaria de pedir àquela certa pessoa, a receita milagrosa desta vacina.
Quem sabe, o sofrimento exacerbado que me acomete também é uma doença?
Amar alguém que se diz apaixonado por mim, mas que prefere se isolar, não dando conta de assumir este amor seria insanidade de minha parte?
O meu mal eu sei de onde vem... Ele também conhece bem!
Também é fato, de que sou ciente e consciente do medicamento adequado à minha cura. Somente ele o tem e não quer me dar... É uma poção simples, porém, mágica e certeira.
Esta é a única e poderosa! É feita de um bálsamo miraculoso.
Entretanto, se eu não a tiver, posso encontrar vários “analgésicos” em qualquer lugar que eu vá, pois estes me aliviarão os sintomas...
Não é o que sonhei e quero para que eu me sinta saudável.
Mas, pelo menos, posso me sentir melhor e tocar a minha vida de um jeito alternativo...
Até... Não sei quando.
Mas seja o que Deus quiser!

(Silvânia Barros – em 16/08/2007).

EIS A QUESTÃO...


Razão ou Coração:
Razão indica lógica.
Coração é todo amor.
Onde há este sublime sentimento,
A lógica me é terrível!

--- ABOMINO ---

Quando o lógico me aponta a única saída,
Meu coração mergulha em profundo sofrimento;
Pois um sopro de esperança ainda me acena,
Mesmo diante do óbvio e necessário.
Minha objetiva convicção em amar
Leva-me a uma intensa indignação
Ao perceber, que a azucrinante razão,
Sobrepõe-se clara e implacável
Aos meus sentimentos,
Pura essência de minh’alma!
Se a vida fosse apenas matematizar,
Não nos seria uma dádiva divina.
Assim, sinto-me como numa encruzilhada:
Por aqui... Por ali...
Já estou fraca e cansada...
Entre a cruz e a espada...
Nenhuma decisão tomada...
AINDA!

(Silvânia Barros – 16/08/2007).

terça-feira, 31 de julho de 2007

LOUCURA OU PECADO?...


Em alguns momentos, sinto-me enlouquecendo...

Minha mente é açoitada por indagações várias:
- Pra que tanta ingenuidade e acreditar tanto em todos tantos?
- Doar-se, entregar-se, derreter-se tanto e morrer de tanto amar?
Tanto você sonhou, tentou tanto, construiu tantos castelos...
Tanto ralou, rebelou-se e remou contra quantas e tantas marés...
Relutou, lutou, caiu, levantou-se, recaiu, recomeçou sempre...
Privou-se de tantos prazeres, renunciou e se despojou de tantas coisas...
Priorizou o outro e os outros - sem pestanejar - dispôs-se a tantos e a todos ajudar...
Sofreu tanto, tanto chorou, adoeceu, quase sucumbiu, salvou-se e renasceu...
Puxa! Não aprendeu, mulher?
Continua se encharcando de angústia e tristeza por quem não a merece.
Chorando lágrimas de sangue, com o coração partido, despedaçado.
Mascarando sua amargura num sorriso que não é da alma.
Disfarçando sua insatisfação, mostrando-se forte, dizendo que está tudo bem.
Calando-se e engolindo o que você mais deseja vomitar.
Iludindo-se ainda em sonhos filmados, fotografados, documentados e comprovados!
Fez promessa, novena e ladainha; acendeu vela em prato branco e copo d’água.
Procurou até Pai de Santo, bebeu chá de rosa miúda, tomou banho de descarrego.
Rezou pra Santa Bárbara, São Jorge Guerreiro, Anjo da Guarda e Senhora do Desterro.

Deus meu! Onde estás, que não me respondes?
Não nasci pra ser santa, mártir, nem heroína!
Mas sou mulher, quero ser bem amada, preciso de um bem-querer...
Não aprendi, não desejo e nem posso sozinha viver.


(Silvânia Barros – 31/07/2007).

segunda-feira, 30 de julho de 2007

EU E A LETRA [S]...


Sou Sal, sou Sil, sou Sol, sou Su
Suvana, Savinha, Sanvana se sente
Sem sal, sem sol, sem som, sem sustenido
Sinfonia sem sentido!
Só saudade, silêncio, solidão
Sinalizam sensível sofrimento.

MAS... S... S... S... S...

Savita, Suvana, Sabida
Suspira, se solta, supera
Sangue, seiva, selva
Sinceridade, sedução, substância
Suavemente salta...
Simplesmente sorri...


(Silvânia Sávia Barros – 30/07/2007).

quinta-feira, 19 de julho de 2007

LIBERA NOS, DOMINE! (Ladainha)


Da ignorância e arrogância, libera nos, Domine.
Da intolerância e insolência, libera nos, Domine.
Da displicência e incompetência, libera nos, Domine.
Da incompreensão e omissão, libera nos, Domine.
Da enganação e dissimulação, libera nos Domine.
Da alienação e corrupção, libera nos Domine.
Do egoísmo e oportunismo, libera nos, Domine.
Da ira e mentira, libera nos, Domine.
Da preguiça e injustiça, libera nos, Domine.
Da desigualdade e desumanidade, libera nos, Domine.
Da impiedade e indignidade, libera nos, Domine.
Da insensibilidade e crueldade, libera nos, Domine.
Da discórdia e covardia, libera nos, Domine.
Da estupidez e insensatez, libera nos, Domine.

De todo o mal, libera nos, Domine.
De todo o pecado, libera nos, Domine.
Da morte eterna, libera nos, Domine.

Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo,
------------------ parce nobis, Domine! -----------------
----------------- (Perdoai-nos, Senhor!) ----------------

Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo,
------------------ exaudi nos, Domine! ----------------
----------------- (Atendei-nos, Senhor!) ---------------

Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo,
------------------ miserere nobis! ------------------------
----------------- (Tende piedade de nós!) ------------

IN SAECULORUM SAECULA… AMEN.



(Silvânia Barros – 19/07/2007).


domingo, 15 de julho de 2007

"ENTRE TANTAS DÚVIDAS"...


Iniciar – Encerrar
Enfrentar - Paralisar
Assumir - Sumir
Persistir – Desistir
Cuspir - Engolir
Arrancar – Estacionar
Acelerar – Frear
Dissimular – Escancarar
Embarcar – Desembarcar
Confiar – Desconfiar
Apegar – Desapegar
Crer - Descrer
Esperar – Correr
Sentimentalismo – Racionalidade
Lucidez - Obscuridade

Não ato, nem desato...
Enlaço, não desenlaço...

Em meio a tantas dúvidas e incertezas,
Atendo ao chamado de minh’alma...
VIVER sempre, e NÃO morrer para VIVER!


(Silvânia Barros – 15/07/2007).

sábado, 14 de julho de 2007

SÓ PRA VOCÊ...


Sou o sol que adentra tua janela a cada manhã.

Sou o céu de azul límpido que encanta os teus olhos.

Sou o sabor da viçosa hortelã que perfuma a tua boca.

Sou a leve e suave brisa que sopra o teu rosto.

Sou a água cristalina que sacia a tua sede.

Sou a rara e sensual essência que exala de tua pele.

Sou a luz fulgente que invade e ilumina a tua alma.

Sou o mais imaculado afeto que encharca o teu coração.

Sou o amor sublime e vívido que preenche o teu caminho.

Sou o sonho transcendente que habita a tua mente.

Sou o vermelho rubro que incendeia o teu corpo.

Sou o horizonte infinito e belo que te embebe de prazer.

Sou a alegria descontraída que escancara o teu sorriso.

Sou a lágrima da emoção incontida que escorre em tua face.

Sou o tapete de pétalas de flores que cobre o teu chão.

Sou a terra boa e firme que acolhe os teus pés.

Sou o porto fiel e seguro de teus embarques e desembarques.

Sou as cores de todos os matizes que enfeitam o teu viver.

Sou a estrela cintilante que extasia as tuas noites.

Sou a noite de luar que alimenta os teus delírios de amor.

Sou o anjo que te guarda e te vela o sono.

Sou a tua mulher... Sou o teu amor... Sou a tua vida!


(Silvânia Barros – 15/07/2007).

domingo, 24 de junho de 2007

AMOR DE MENTE...


Amar é viver!
Pra mim, também é...
Se você diz que me ama,
Deveria viver! Não(!) estar morto amando...
E se minha vida é você,
Porque tenho que viver morrendo?

És minha razão de viver.
Por ti, até posso morrer.
... TODAVIA ...
Pelo frio lado da razão,
Como posso morrer,
Se não queres viver,
Se nem tens coração?

Como(?) amar só no pensamento,
Se o amor é viva presença!
É necessidade de proximidade,
É total e prazerosa interação:
É toque, é olhar, é gosto, é cheiro...
Amor de mente não se sente!

O tempo não espera...
O tempo passa...
Em tua longa espera,
O tempo terá pressa.
Talvez, este mesmo tempo,
Já não te espere... Não há mais tempo!

(Silvânia Barros – 24/06/2007).

quarta-feira, 13 de junho de 2007

AMOR(E), AMAR...


AMOR...
Palavra bendita e sempre dita,
Sublime e terno sentimento.
De todos... O maior!
Nem sempre entendido;
Talvez... Só compreendido
Por tantos e quantos,
Enquanto, não sei quanto;
Da forma que se acredita
E que se sabe a melhor!

Amor em mim,
Amor sem fim,
--- SIM! ---
Sinto assim...

AMAR...
É se entregar,
É doação bela e pura.
É mistério, carinho e respeito.
É pedir desculpas,
É desculpar com o coração.
É rir e chorar junto,
É brincar... E de mãos dadas passear.
É um beijo, um abraço, um olhar.
É paixão ardente e desejo mútuo,
É fogo queimando o peito.
É sonho e fantasia,
É doce loucura sem culpas,
É prazer que extasia!

AMOR,
Não tem de ser dor e nem sofrimento.
Tampouco, contínuo tormento.
É fonte de luz e calor,
Que nos emana do Pai Criador!

(E)

AMAR,
Não é escolha; não é pedido.
É sim (!), no coração sentido.
Vem da alma, que é teu lugar...
Não pode e nem tem que se acabar!

(Silvânia Barros – em 13/06/2007).

quarta-feira, 6 de junho de 2007

LUZ DA VIDA...


Lembro-me bem daquele dia,
Quando das trevas e sem direção,
Pedi-lhe que delas me ressurgisse;
Pois só um sorriso eu queria,
De tantos que outrora eu sabia,
E que há muito tempo sequer existia.

--Começava um novo caminho--

O que sempre julgara em vão,
Convertia-se, sem que eu sentisse,
Num novo e lindo universo!
Meu arco-íris não mais era de uma só cor...
Também, já podia aspirar, o perfume de uma flor.
A brisa do vento, suavemente, soprava-me em verso,
Aquelas tuas palavras, que de tão sábias e de especial carinho,
Conduziram-me à beleza da vida e ainda me fazem crer,
Que viver é preciso... E eu quero e adoro viver!
(Silvânia Barros – em 06/06/2007).


Dedico este poema à minha querida psicoterapeuta e eterna amiga Maria Gorette.

sábado, 2 de junho de 2007

SE... O VERBO EM RIMAS...


Ah... Mas se eu pudesse...
E se o Pai assim o quisesse
Pediria que te buscasse
Pra que sempre eu ficasse
Juntinho a ti sem impasse.
Sem barreiras, você me amasse.
Com muito amor me abraçasse
E em real sonho se transformasse
Tudo o que um dia pensei pudesse...

(Silvânia Barros – 02/06/2007).

sexta-feira, 1 de junho de 2007

INQUIETAÇÃO...


Pensar, pensar...
Procurar soluções, procurar...
Opções insuficientes e inevitáveis.

Malditas escolhas, sem escolha!
Atitude!
Razão!
Ação!
Incertezas e dúvidas insuportáveis.
Inquietude...
Decisão!
Solução!

Minha mente não quer mais pensar...
Meu corpo não quer mais penar...
Minha alma clama por paz.

Abraça-me,
Quero que me acolha.
Faz...
Agora...
Sem medo, com confiança,
Sinto a luz da esperança.
Estou bem.
Tudo se foi embora...
(Silvânia Barros – 01/06/2007).

sábado, 19 de maio de 2007

IDENTIDADES...


De Eva te batizaram,
Mas fostes a nossa Evinha,
Pois era assim que gostavas
De ser por todos chamada.

Mulher corajosa e tenaz,
Além do teu tempo vivestes.
Guerreira valente e sagaz,
Incontáveis batalhas vencestes!

Criança ingênua e linda,
Alma bela e apaixonada!
Alegria da vida estampada,
Em teu jeito gracioso de ser...

Te vejo em minha saudade,
Moderna e jovem senhora!
Trajando coloridos vestidos
De gosto e estilo apurados.

No rosto, um suave rouge...
Na boca o mesmo batom.
Tuas unhas sempre cuidadas,
De tuas mãos delicadas
E que em teus frágeis pés de menina,
Enfeitavam as tuas belas sandálias!

Teu riso alto e gostoso;
Tua espirituosa maneira de falar...
Enquanto muito gesticulavas,
Também te escapuliam palavras
De tal modo engraçado e jocoso,
Que de nenhuma memória irão se apagar.

Me enxergo e me sinto em ti...
Evinha, minha amada vozinha!
Alguns olhos não nos podem ver...
Nossa espontânea mania de viver,
Incomoda a quem nos quer fazer,
Do jeito que eles pensam deveria ser;
Senão aquele... Que nunca será,
O do nosso querer...

Sou a tua eterna Baninha...
E tu... A minha vozinha Evinha!
(Silvânia Barros – 19/05/2007).

quinta-feira, 17 de maio de 2007

CONTRADIÇÕES...



Luto por fazer acontecer...
Persisto,
Insisto,
Acredito.

Sinto-me naquela realidade
Concebida,
Construída,
Constituída.

De repente, no já acontecendo fazer,
Escancara-se uma verdade.
- a tua -
Nua,
Crua,
Covarde.

Num grito desesperado e aflito,
Não consigo me conter.
Me fito,
Me irrito,
Fica o dito,
Pelo não dito...

Desfaz-se o feito e o acontecido,
O concebido e o construído.
Razão não há... Nem mais sentido!

(Silvânia Barros – 06/05/2007).

INTERROGAÇÃO (?)



Como te encontrar,
Se o destino te arranca
E te afasta de mim?

Que lugar é este...
Que te esconde e te isola
De um mundo novo,
Onde a tecnologia impera,
Mas que de nada adianta,
Pois sequer podemos nos falar!

Triste e fria realidade,
Que não posso aceitar.
Se o amor é mais forte,
Nada nos impedirá a vontade...

Gestos e palavras de esperança
Foram apenas pinceladas de ilusão?
Algumas horas de virtual desejo
Não passaram de devaneios em vão?

Te quero, e não te posso ter?
Te espero, e tu não vem...
Te procuro, e não te acho...

Não posso, nem preciso entender.
Sonhar, já não me é permitido...
Por que tanto sofrimento reprimido,
Se a quem eu faço tanto querer,
Viverá assim sempre escondido,
Aprisionando tudo o que poderia ser?

( Silvânia Barros 29/04/2007).

H O J E ...






Vislumbrar o amanhã,
Já não me é interessante.
Preciso que o hoje aconteça,
Mas este hoje insiste em ser o ontem...
Numa espera sempre incerta e angustiante
De que você, meu amor, me apareça...
Inteiro em mim, todinho pra mim,
Como uma febre terçã, persistente e intensa,
Fazendo o meu hoje, diferente do ontem...

( Silvânia Barros 28/04/2007).

TE QUERO... (Poemeto)



Te amo, te quero como nunca!
Não, num pensamento distante,
Nem em fantasias de um desejo alucinante.
Te quero presente e palpável,
Pulsante em minhas entranhas,
Sentindo o calor ardente e incomensurável,
Deste meu corpo clamante e sedento
De muito amor por ti...

(Silvânia Barros, em 22/04/2007).