terça-feira, 31 de julho de 2007

LOUCURA OU PECADO?...


Em alguns momentos, sinto-me enlouquecendo...

Minha mente é açoitada por indagações várias:
- Pra que tanta ingenuidade e acreditar tanto em todos tantos?
- Doar-se, entregar-se, derreter-se tanto e morrer de tanto amar?
Tanto você sonhou, tentou tanto, construiu tantos castelos...
Tanto ralou, rebelou-se e remou contra quantas e tantas marés...
Relutou, lutou, caiu, levantou-se, recaiu, recomeçou sempre...
Privou-se de tantos prazeres, renunciou e se despojou de tantas coisas...
Priorizou o outro e os outros - sem pestanejar - dispôs-se a tantos e a todos ajudar...
Sofreu tanto, tanto chorou, adoeceu, quase sucumbiu, salvou-se e renasceu...
Puxa! Não aprendeu, mulher?
Continua se encharcando de angústia e tristeza por quem não a merece.
Chorando lágrimas de sangue, com o coração partido, despedaçado.
Mascarando sua amargura num sorriso que não é da alma.
Disfarçando sua insatisfação, mostrando-se forte, dizendo que está tudo bem.
Calando-se e engolindo o que você mais deseja vomitar.
Iludindo-se ainda em sonhos filmados, fotografados, documentados e comprovados!
Fez promessa, novena e ladainha; acendeu vela em prato branco e copo d’água.
Procurou até Pai de Santo, bebeu chá de rosa miúda, tomou banho de descarrego.
Rezou pra Santa Bárbara, São Jorge Guerreiro, Anjo da Guarda e Senhora do Desterro.

Deus meu! Onde estás, que não me respondes?
Não nasci pra ser santa, mártir, nem heroína!
Mas sou mulher, quero ser bem amada, preciso de um bem-querer...
Não aprendi, não desejo e nem posso sozinha viver.


(Silvânia Barros – 31/07/2007).

segunda-feira, 30 de julho de 2007

EU E A LETRA [S]...


Sou Sal, sou Sil, sou Sol, sou Su
Suvana, Savinha, Sanvana se sente
Sem sal, sem sol, sem som, sem sustenido
Sinfonia sem sentido!
Só saudade, silêncio, solidão
Sinalizam sensível sofrimento.

MAS... S... S... S... S...

Savita, Suvana, Sabida
Suspira, se solta, supera
Sangue, seiva, selva
Sinceridade, sedução, substância
Suavemente salta...
Simplesmente sorri...


(Silvânia Sávia Barros – 30/07/2007).

quinta-feira, 19 de julho de 2007

LIBERA NOS, DOMINE! (Ladainha)


Da ignorância e arrogância, libera nos, Domine.
Da intolerância e insolência, libera nos, Domine.
Da displicência e incompetência, libera nos, Domine.
Da incompreensão e omissão, libera nos, Domine.
Da enganação e dissimulação, libera nos Domine.
Da alienação e corrupção, libera nos Domine.
Do egoísmo e oportunismo, libera nos, Domine.
Da ira e mentira, libera nos, Domine.
Da preguiça e injustiça, libera nos, Domine.
Da desigualdade e desumanidade, libera nos, Domine.
Da impiedade e indignidade, libera nos, Domine.
Da insensibilidade e crueldade, libera nos, Domine.
Da discórdia e covardia, libera nos, Domine.
Da estupidez e insensatez, libera nos, Domine.

De todo o mal, libera nos, Domine.
De todo o pecado, libera nos, Domine.
Da morte eterna, libera nos, Domine.

Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo,
------------------ parce nobis, Domine! -----------------
----------------- (Perdoai-nos, Senhor!) ----------------

Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo,
------------------ exaudi nos, Domine! ----------------
----------------- (Atendei-nos, Senhor!) ---------------

Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo,
------------------ miserere nobis! ------------------------
----------------- (Tende piedade de nós!) ------------

IN SAECULORUM SAECULA… AMEN.



(Silvânia Barros – 19/07/2007).


domingo, 15 de julho de 2007

"ENTRE TANTAS DÚVIDAS"...


Iniciar – Encerrar
Enfrentar - Paralisar
Assumir - Sumir
Persistir – Desistir
Cuspir - Engolir
Arrancar – Estacionar
Acelerar – Frear
Dissimular – Escancarar
Embarcar – Desembarcar
Confiar – Desconfiar
Apegar – Desapegar
Crer - Descrer
Esperar – Correr
Sentimentalismo – Racionalidade
Lucidez - Obscuridade

Não ato, nem desato...
Enlaço, não desenlaço...

Em meio a tantas dúvidas e incertezas,
Atendo ao chamado de minh’alma...
VIVER sempre, e NÃO morrer para VIVER!


(Silvânia Barros – 15/07/2007).

sábado, 14 de julho de 2007

SÓ PRA VOCÊ...


Sou o sol que adentra tua janela a cada manhã.

Sou o céu de azul límpido que encanta os teus olhos.

Sou o sabor da viçosa hortelã que perfuma a tua boca.

Sou a leve e suave brisa que sopra o teu rosto.

Sou a água cristalina que sacia a tua sede.

Sou a rara e sensual essência que exala de tua pele.

Sou a luz fulgente que invade e ilumina a tua alma.

Sou o mais imaculado afeto que encharca o teu coração.

Sou o amor sublime e vívido que preenche o teu caminho.

Sou o sonho transcendente que habita a tua mente.

Sou o vermelho rubro que incendeia o teu corpo.

Sou o horizonte infinito e belo que te embebe de prazer.

Sou a alegria descontraída que escancara o teu sorriso.

Sou a lágrima da emoção incontida que escorre em tua face.

Sou o tapete de pétalas de flores que cobre o teu chão.

Sou a terra boa e firme que acolhe os teus pés.

Sou o porto fiel e seguro de teus embarques e desembarques.

Sou as cores de todos os matizes que enfeitam o teu viver.

Sou a estrela cintilante que extasia as tuas noites.

Sou a noite de luar que alimenta os teus delírios de amor.

Sou o anjo que te guarda e te vela o sono.

Sou a tua mulher... Sou o teu amor... Sou a tua vida!


(Silvânia Barros – 15/07/2007).