sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

SETEMBRO


(Poema dedicado ao meu primeiro neto, o Eduardo, nascido em primeiro de Setembro, 2008)


Meu neto, bênção de Deus!
Foste anunciado
No alvorecer de um novo ano
Vieste ao prenúncio da primavera
Tempo das flores e das cores
Da esperança e da vida!

Fruto do meu fruto
Sangue do meu sangue...

Enternecida te olho
Embalando-te nesses meus braços
Expressão serena
De um ser tão frágil
Mas que traz a inconfundível marca
Da luz brilhante da presença divina.

Muitos setembros virão
Serás menino e homem feito...

Se o Pai me conceder
A ventura de viver por muitos deles
Estarei contigo e em ti
E nesse meu velho coração
Só haverá lugar
Pra muito amor e felicidade!


Silvânia Barros – 05 de Outubro, 2008.

sábado, 20 de setembro de 2008

POETRIX I - II - III - IV

ETERNO (Poetrix I)
Eternamente, te amarei
Não te esperarei
Eternamente!...


ENTRE NESSA DANÇA (Poetrix II)
No prazer da (contra)dança
Lança e balança
Ponha fé nessa festança!



ENTRE(TANTO) - Poetrix III
Tantos quantos, entretanto
No entanto, dentre os tantos,

Te amo tanto!


O TREM (Poetrix IV)
Trem que vem e vai
Trem que vai e vem
Pára só no mês que vem!



(Silvânia Barros – 19/09/2008).


O TEMPO


Há tempos o tempo tem
Tempo que não dá tempo
No tempo do meu tempo
Tempo dava tempo!


(Silvânia Barros – 19/09/2008).

MULHER


Fêmea' rretada
Com poderes
Sem pudores


Mulher danada
Homem nenhum
Bota defeito

Fica satisfeito!

(Silvânia Barros – 19 de Setembro/2008).

domingo, 24 de agosto de 2008

RECONSTRUÇÃO...



Ralo, relo, rolo
Rateio, raciocino, resolvo
Respondo renitente, reticente...
Revoltada, receosa, retroajo.

Recomeço, relevo, reanimo
Reascendo, respeitando, reconsiderando.
Rondo, rio, refaço.
Rezo, repito rito, rosário.

Rolo, relo, ralo
Rotina, rompimento, ruaça
Recuo, represento, recrio
Reencontro, razão, roxa rosa!

(Silvânia Barros – 23 de Agosto/2008).

segunda-feira, 23 de junho de 2008

ENTRELAÇANDO...


Teço e passo
Por cima, por baixo.
Enlaço e trespasso,
A palha entrelaço.

Na vida se tece,
Em cima, embaixo...
E tudo acontece,
Passa, ultrapassa.

Compasso no espaço,
Faço e desfaço,
Um laço e um braço
Perpasso, abraço!



Silvânia Barros – 09 de Junho/2008.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

DÁDIVA DIVINA



Certo dia, de um tempo certo,
Em hora e lugar igualmente certos,
Por esses caminhos de minha estrada afora,
Um certo alguém me veio encontrar.

Pessoa de rara candura,
Doce criatura.
Estrela cintilante,
Luz reluzente.
Anjo de bondade,
Encanto de ternura.

Naquele dia,
Acho que Deus me quis presentear...
Deu-me uma jóia preciosa,
O anjo mais querido,
Luz da minha vida!

(Silvânia Barros – 30 de Maio/2008).

quarta-feira, 30 de abril de 2008

PRECISO TANTO DE VOCÊ...


Do afeto desse teu olhar,
Que me toca a alma.
Do calor do teu beijo,
Que me aquece a boca.
Do toque da tua mão macia,
Que me embebe de ternura.
Do aconchego dos teus braços,
Que me fazem sentir tua.
Desse teu cheiro,
Que me embriaga.
Do teu corpo roçando o meu,
Incendiando-me o desejo...

Sem você, os meus olhos não mais brilham.
Minha boca tem gosto de nada.
Minha pele clama por suas carícias.
O meu corpo em nosso leito jaz inerte,
Por não mais sentir o ardor do teu.
Tudo fica inodoro, insípido, sem viço, descolorido!

Não me deixe, meu amor.
Ter você,
Sentir você,
Respirar você,
É sonhar, é viver, é minha razão de ser!


(Silvânia Barros – 30 de Abril/2008).

sábado, 29 de março de 2008

DANÇA COMIGO?


Quero dançar com você
a dança do nosso amor.
Nessa dança, a nossa música
é a minha, que também é sua.
Ritmo, melodia, harmonia...

_____ SINCRONIA _____

No passo e no compasso
no enlaço e entrelaço
dos seus braços, em meus braços,
no balanço, no espaço, sem tropeços
no universo infinito desse amor que é só nosso.
(Silvânia Barros – 30/03/2008)

segunda-feira, 17 de março de 2008

COM (VIVER) - Crônica


Difícil hoje, a gente ter que conviver numa realidade, onde a transparência e a autenticidade não mais são tidas como “virtudes” ou mesmo um traço valoroso em nossa personalidade.
“Conviver é uma arte”... Expressão muito usada para definir como viver em sociedade.
Entretanto, a meu ver, a arte é expressão dos sentimentos que nos vêm da alma, não havendo outra forma de um artista criar uma obra, interpretar, pintar, esculpir ou atuar, senão, através da inspiração e emoção sentidas; portanto, verídicas!
As pessoas andam impacientes, muitas vezes impiedosas, o “ser” foi substituído pelo “ter”, o consumismo é exagerado, todos correm contra o tempo e até a arte foi banalizada, pois o que é bom não dá dinheiro.
Temos que sorrir sempre, viver “dançando conforme a música”, não podemos “mastigar problemas”, como dizem alguns que conheço (falar dos nossos problemas, mesmo que lutemos para a resolução deles), o respeito tornou-se algo raro, solidariedade... Nem se fala!
É óbvio que temos que acompanhar a evolução do mundo; entretanto, entendo que há valores que têm de ser preservados e não, simplesmente, serem considerados como se “saíssem de moda”. Absurdo!
Como é terrível você não poder confiar em ninguém, ter que “pisar em ovos”, sempre arranjando um jeito de agir ou dizer certas coisas, ficar sempre em alerta, se policiando, não poder ser você mesmo em muitas ocasiões ou lugares... Puxa, vida! Que mundo é esse?
Viver de aparências? Fingir que está tudo lindo e maravilhoso, quando, na verdade, está tudo errado?
É... As pessoas estão cada vez mais egoístas, interesseiras, falsas, desprovidas de nobres sentimentos e só nos apontam os defeitos, nunca enaltecendo o que temos de bom e louvável.
Evidentemente, ainda há exceções, como tudo na vida, não querendo me ater nesse lugar comum.
Ainda, quando somos realistas, consideram-nos dramáticos, amargos, derrotistas e pessimistas...
Há uma frase, a qual desconheço o autor, que diz: - “Não se explique e não se justifique”. E hoje, para poder conviver bem, estou adotando essa forma, mesmo que, muitas vezes, a minha vontade é de vomitar o que está borbulhando dentro de mim. Não é fácil; porém, tenho procurado exercitar isso, equilibrando-me, fazendo-me passar por surda, cega e muda!
Querendo ou não; aprovando ou não; estou entrando nessa dança, se preciso for.
Contudo, sinto-me extremamente bem e feliz dentre aqueles tantos que são sinceros, reais e verdadeiros, pois esses sim, merecem todo o meu respeito, admiração e carinho, sem que eu necessite representar nada, podendo falar tudo, chorar, rir, brincar, agir sem precauções, sem frescuras, sendo eu mesma!
Nem tudo está perdido; o importante é poder ter esperança, viver em paz e harmonia, lutando para que tenhamos um mundo melhor, onde as pessoas se unam e sintam que o amor, principalmente ao próximo, é e será sempre o lema e a essência do bem-viver e conviver!

(Silvânia Barros – 17 de Março/2008).

sábado, 15 de março de 2008

REAL E VERDADEIRO AMOR (Crônica)


Quando um homem e uma mulher sentem um amor único e verdadeiro, aquele que vai além da paixão, do prazer, do sexo, da química, do extremo carinho, há uma troca espontânea e extremamente deleitante de tudo aquilo que nos faz transcender a nossa própria essência.
Falo de um sentimento maduro, companheiro, intenso, livre de quaisquer barreiras que se possam colocar em uma trajetória da vida, sejam estas até consideradas “banais”, diante de tão inexplicáveis sensações que a realidade desse amor nos proporciona, privilegiando poucos!
Refiro-me a “banais” o que muitos adotam como empecilhos: não tenho tempo, estou trabalhando, ocupado, estou saindo para resolver um problema, estou atrasado, não pude atender ao telefone ou celular, não vi sua mensagem, não entrei na Internet...
Certamente, no mundo atual, as pessoas vivem numa corrida contra o tempo. Porém, se refletirmos bem, não se perde nada e sim(!) ganha-se muito, ao dizermos “Te Amo”, mandarmos um beijo, escrever um “Ok”, “Bjo” ou tantos breves vocábulos ou abreviaturas tão utilizadas na modernidade!
Há quem diz que não é romântico, que não sabe ser desse ou daquele jeito... Engano! Quando se tem esse amor incondicional, qualquer um de nós se torna poeta!
Seja um analfabeto, um matuto, uma pessoa ilustre, culta, ou da mais alta estirpe, sem restrição alguma de status social, raça ou nacionalidade, todos em “estado de real amor” são iguais!
Num amor verdadeiro não se concebem “táticas”, viver “medindo as palavras”, ficar em “expectativas”, incertezas e tristezas, falta de iniciativa em procurar o outro, falta de comunicação e reciprocidade, e, principalmente, o desprezo ou o descaso!
Há sim, uma gostosa liberdade de expressão, a sapiência de ouvir, de poder falar dos próprios sentimentos, de se declarar, de fazer “surpresinhas”, de confidenciar os problemas, de pedir ajuda, sempre em total interação e cumplicidade - o que é maravilhoso!
Assim, meus queridos... Amemos com todos os poderes e sem pudores; com liberdade, e sem restrições; com alegria, desprendimento, entrega e inteiro prazer!

(Silvânia Barros – 15 de Março/2008).

domingo, 27 de janeiro de 2008

APELO DE AMOR...


Choro, quando choras...
Tua tristeza também é minha.
Se angustiado estás,
Meu coração se definha,
E minha... é a tua dor:
A que te fere, e a mim machuca.

O teu silêncio me enlouquece!
Perguntas sem respostas...
Não sei mais o que faço,
Pra te fazer entender,
Que és de mim o meu pedaço,
Razão do meu viver.

Se tens o meu amor,
E és meu homem e companheiro,
Não mais te crucifiques,
Por tudo aquilo que te atormenta;
Pois é meu o teu sofrer,
E não mais posso te ver,
Perdido em pensamentos,
Que te ofuscam e te fecham os olhos
Para a luz desses meus olhos,
Que te enxergam além de ti!

Não mais te amofines
Por tantas tentativas ou perdas.
O importante é que lutastes,
Com todo o desvelo, garra e coragem!
Um guerreiro também chora e pede paz.
Vai ao lugar, aonde a morte se desfaz,
Busca a vida, e no amor se faz.
Pra outra vez ousar, lutar e crescer,
Num novo e esperançoso amanhecer.
Onde o amor te espera e te fará crer,
Que a vida não passa de uma viagem,
Por belas estradas, ou caminhos de pedras;
Dentre dias ensolarados, ou fortes tempestades;
Pelos momentos sombrios, ou de brilhante luminosidade.

Aí, então, dirás:
- Deus! Valeu a pena!
(Silvânia Barros – 27 de Janeiro, 2008).

sábado, 12 de janeiro de 2008

ETERNAMENTE... BOA NOITE, AMOR!


Sonharei com a ternura do teu sorriso
e a doçura desses teus olhos...
Dormirei com eles em meu pensamento
e te sentirei aqui, juntinho a mim...

Deixo-te a minha risada mais gostosa...
Sorrio-te com meus olhos.
Como é bom te sentir agora,
todinho em meu coração,
e poder gritar ao mundo:
Te Amo, te adoro, meu menino!

Sinta nesse teu sereno rostinho
O calor dos meus lábios,
beijando-te com muito afeto
essa tua face macia, tua suave boca
e esses teus tímidos olhinhos...

Infinitamente,
serás todo meu
e serei toda tua.
Eternamente,
e além do além, sempre te direi:
Boa noite, Amor!

(Silvânia Barros – 12/01/2008)