sábado, 15 de março de 2008

REAL E VERDADEIRO AMOR (Crônica)


Quando um homem e uma mulher sentem um amor único e verdadeiro, aquele que vai além da paixão, do prazer, do sexo, da química, do extremo carinho, há uma troca espontânea e extremamente deleitante de tudo aquilo que nos faz transcender a nossa própria essência.
Falo de um sentimento maduro, companheiro, intenso, livre de quaisquer barreiras que se possam colocar em uma trajetória da vida, sejam estas até consideradas “banais”, diante de tão inexplicáveis sensações que a realidade desse amor nos proporciona, privilegiando poucos!
Refiro-me a “banais” o que muitos adotam como empecilhos: não tenho tempo, estou trabalhando, ocupado, estou saindo para resolver um problema, estou atrasado, não pude atender ao telefone ou celular, não vi sua mensagem, não entrei na Internet...
Certamente, no mundo atual, as pessoas vivem numa corrida contra o tempo. Porém, se refletirmos bem, não se perde nada e sim(!) ganha-se muito, ao dizermos “Te Amo”, mandarmos um beijo, escrever um “Ok”, “Bjo” ou tantos breves vocábulos ou abreviaturas tão utilizadas na modernidade!
Há quem diz que não é romântico, que não sabe ser desse ou daquele jeito... Engano! Quando se tem esse amor incondicional, qualquer um de nós se torna poeta!
Seja um analfabeto, um matuto, uma pessoa ilustre, culta, ou da mais alta estirpe, sem restrição alguma de status social, raça ou nacionalidade, todos em “estado de real amor” são iguais!
Num amor verdadeiro não se concebem “táticas”, viver “medindo as palavras”, ficar em “expectativas”, incertezas e tristezas, falta de iniciativa em procurar o outro, falta de comunicação e reciprocidade, e, principalmente, o desprezo ou o descaso!
Há sim, uma gostosa liberdade de expressão, a sapiência de ouvir, de poder falar dos próprios sentimentos, de se declarar, de fazer “surpresinhas”, de confidenciar os problemas, de pedir ajuda, sempre em total interação e cumplicidade - o que é maravilhoso!
Assim, meus queridos... Amemos com todos os poderes e sem pudores; com liberdade, e sem restrições; com alegria, desprendimento, entrega e inteiro prazer!

(Silvânia Barros – 15 de Março/2008).

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