quinta-feira, 17 de maio de 2007

INTERROGAÇÃO (?)



Como te encontrar,
Se o destino te arranca
E te afasta de mim?

Que lugar é este...
Que te esconde e te isola
De um mundo novo,
Onde a tecnologia impera,
Mas que de nada adianta,
Pois sequer podemos nos falar!

Triste e fria realidade,
Que não posso aceitar.
Se o amor é mais forte,
Nada nos impedirá a vontade...

Gestos e palavras de esperança
Foram apenas pinceladas de ilusão?
Algumas horas de virtual desejo
Não passaram de devaneios em vão?

Te quero, e não te posso ter?
Te espero, e tu não vem...
Te procuro, e não te acho...

Não posso, nem preciso entender.
Sonhar, já não me é permitido...
Por que tanto sofrimento reprimido,
Se a quem eu faço tanto querer,
Viverá assim sempre escondido,
Aprisionando tudo o que poderia ser?

( Silvânia Barros 29/04/2007).

2 comentários:

Bel disse...

Querida, não use apenas a interrogação em sua vida, use principalmente a exclamação para dizer que tudo vale a pena, que você pode, que você escreve bem demais!!! Parabéns amiga! Bjos

Tadeu Paulo disse...

A voz fascinante de uma apaixonada poeta ressoa nos versos dessa poesia de amor, aparentemente preocupante, como o trovão que antecipa em avisos as chuvas de verão. Na verdade, trata-se de um poema mágico e sentido, com a emoção da artista encharcada, no fundo, de sentimentos de esperança, no interrogar de um futuro, em cujo amor ainda fortemente acredita, que retorne, afinal, a seus acolhedores braços..
Parabéns, amiga..
Beijos..